A euforia pela goleada histórica sobre o Santos deu lugar a um sentimento de frustração e preocupação para o torcedor do Vasco da Gama. Em uma noite marcada por um “apagão” inexplicável no início do jogo, o time foi dominado pelo Juventude, sofreu a “lei do ex” e perdeu por 2 a 0 no Estádio Alfredo Jaconi. A derrota, em partida atrasada da 14ª rodada do Brasileirão, freia a reação da equipe e reacende o temor da zona de rebaixamento.
Qualquer plano traçado por Fernando Diniz para a partida foi por água abaixo em menos de um minuto. Com apenas 23 segundos de jogo, Lucas Piton cortou um cruzamento com a mão dentro da área, cometendo um pênalti infantil. Na cobrança, aos 2 minutos, o experiente Nenê, ídolo do Vasco, deslocou Léo Jardim e abriu o placar, sem comemorar em respeito ao ex-clube.
O gol sofrido no início desestabilizou completamente o Vasco, que viu o adversário ampliar aos 15 minutos. Em um rápido contra-ataque, Gabriel Talliari venceu Lucas Freitas na corrida e, diante da hesitação do goleiro Léo Jardim, chutou cruzado para fazer 2 a 0. O time carioca até tentou reagir, mas, com o retorno de Vegetti ao comando de ataque, exagerou nos cruzamentos e acertou apenas um em 15 tentativas na primeira etapa.
Gabriel Talliari comemora o segundo gol – Foto: Fernando Alves/EC Juventude
Mudanças de Diniz e time ‘bagunçado’
No segundo tempo, o Vasco deteve a posse de bola, mas de forma improdutiva, sem criar chances claras de gol. Insatisfeito, Fernando Diniz promoveu mudanças raras: sacou o capitão e referência Vegetti para a entrada do jovem GB e, mais tarde, tirou o único zagueiro de origem, Lucas Freitas, para colocar o lateral Victor Luís, deixando o time sem defensores de ofício.
As alterações, no entanto, tornaram a equipe ainda mais desorganizada. O Cruz-Maltino virou um time “bagunçado”, que mal conseguia finalizar contra o gol de Jandrei, limitando-se a chutes de longa distância sem perigo de Rayan e Coutinho.