Alerta Máximo: Balanço do Vasco revela “risco à sobrevivência” mesmo com receita recorde; entenda a crise

Uma radiografia preocupante das finanças da Vasco SAF foi revelada no detalhado balanço de 2024, divulgado na última segunda-feira (30). O documento expõe uma realidade alarmante: apesar de um faturamento histórico, a dívida bilionária e os altos custos operacionais levaram o próprio Conselho Fiscal do clube a emitir um parecer que destaca a “incerteza sobre a continuidade operacional”, condicionando a sobrevivência da empresa a uma nova injeção de capital externo.

Os números por trás do alerta

O balanço de 2024, período majoritariamente sob a gestão da 777 Partners, mostra que a dívida da SAF atingiu a marca de R$ 1,2 bilhão, um aumento de R$ 400 milhões desde sua criação em 2022. Este endividamento crescente ocorreu mesmo em um ano de receita recorde de R$ 474 milhões, impulsionada por vendas de atletas como Gabriel Pec (LA Galaxy) e Marlon Gomes (Shakhtar Donetsk) e por melhores premiações esportivas.

Em paralelo, os custos operacionais também saltaram de R$ 370 milhões para R$ 435 milhões, principalmente devido às contratações realizadas no período. Essa equação de dívida crescente e custos elevados, mesmo com mais dinheiro entrando, é o cerne da crise que a gestão atual, liderada por Pedrinho, herdou e tenta agora reverter.

Sinais de incerteza e a tentativa de reação

A gravidade do cenário é reforçada por dois pontos técnicos no relatório. Primeiramente, a empresa de auditoria independente BDO se absteve de emitir uma opinião sobre as contas, um sinal de grande incerteza no mundo corporativo. Em resposta a essa herança de desequilíbrio, a gestão atual destaca no documento as rodadas de mediação com 218 credores, conduzidas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que resultaram na adesão de 155 deles a novas condições de pagamento.

Apesar dessa iniciativa, o parecer do Conselho Fiscal do Vasco é taxativo ao afirmar que o plano de Recuperação Judicial, por si só, “não é suficiente para viabilizar o fluxo de longo prazo”. O órgão conclui que é “essencial um evento de liquidez externa”, deixando claro que, na visão dos conselheiros, apenas a chegada de um novo investidor pode garantir de fato a estabilidade e o futuro do Vasco.

Para saber mais, veja o balanço completo aqui.