Vivendo um processo de Recuperação Judicial (RJ) desde o ano passado, a diretoria do Vasco precisa documentar todo e qualquer passo financeiro do clube para o órgao fiscalizador. Com isso, existe todo um processo para que o clube tenha autorização de efetuar obras, contratações e todo o tipo de movimentação diária da instituição. Mas como isso funciona ?! Vamos entender as etapas.
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Vasco precisa se reportar frequentemente com Administrador Judicial
Com um orçamento limitado, já que está em processo de RJ, a diretoria administrativa necessita manter conversas constantes com um Administrador Judicial (AJ), que representa o órgão fiscalizador judicial, para reportar seus gastos e receber o aval da justiça, garantindo que eles sejam condizentes com a situação em que se encontra uma empresa (nesse caso, um clube-empresa) com o objetivo de alcançar uma situação financeira positiva.
Existe um relatório que é enviado mensalmente detalhando toda a atividade financeira do Cruzmaltino. O orçamento de gestão não é dividido por setores, mas precisa ser bem direcionado, já que um “teto de gastos” é pré-determinado, para que seja mantida a responsabilidade financeira.
Gabriel Souza é quem cuida para que o orçamento seja seguido à risca – Foto: VascoTV/YouTube
Foco no mercado e nas obras estruturais do CT Moacyr Barbosa
Tendo em vista toda a limitação orçamentária que a RJ impõe, a diretoria direciona seu olhar para o mercado em atletas que estejam sem contrato, para contratá-los sem custos de transferência (como foi o caso de Thiago Mendes) ou que cheguem por empréstimo (como é o caso de Andrés Gomez), com uma taxa opcional de compra futura.
Já em relação à obras estruturais, como as melhorias realizadas no CT Moacyr Barbosa, a cúpula Cruzmaltina precisou apresentar um relatório demonstrando a necessidade das modificações estruturais no local, colocando como justificativa que, caso não realizadas, poderiam prejudicar as atividades dos atletas, seja desportivamente ou para eventuais negociações de mercado. Com isso, a aprovação para tais obras foram confirmadas, mas sempre seguindo toda a restrição de orçamento ao qual o clube presta contas.
Desta maneira, não que seja uma justificativa para a lentidão da diretoria para assinar reforços para a equipe, porém se faz necessário seguir todo um processo de “relatório/justificativa/aprovação” diante do Administrador Judicial, o que acaba atrasando o tempo que se leva para finalizar uma contratação.