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TROCA DE FARPAS: Pedrinho acusa Salgado, que responde à altura e culpa o atual presidente do Vasco

Os bastidores políticos do Vasco da Gama ferveram nesta sexta-feira (25). Após o presidente Pedrinho acusar seu antecessor, Jorge Salgado, de ter perdido uma chance de ouro para retomar o controle da SAF, o ex-mandatário veio a público.

Ele não apenas negou a acusação como também devolveu a culpa para o próprio Pedrinho, em uma intensa troca de farpas.

Presidente do Vasco culpa gestão anterior por chance perdida

Durante sua entrevista coletiva, Pedrinho afirmou que, em 2023, Jorge Salgado poderia ter acionado uma cláusula para recomprar as ações da 777 Partners por apenas R$ 1 mil. Isso teria acontecido após um atraso no aporte da empresa. Ele declarou:

“O ex-presidente poderia com R$ 1 mil depositar e ter as ações que não foram integralizadas de volta. Com isso o clube voltaria a ser majoritário. Ele não exerceu isso.”

A fala de Pedrinho sugere que seu antecessor se omitiu no momento mais crítico da relação com a empresa norte-americana.

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Pedrinho acusou Salgado por contrato com a 777 Partners – Foto: Reprodução

Ex-presidente se defende e contra-ataca

A resposta de Jorge Salgado foi imediata e contundente. Em contato com o portal ge, ele foi claro. “Não é verdade“, disse o ex-presidente. Ele explicou que o contrato o obrigava a dar 30 dias para a 777 pagar, o que a empresa fez, impedindo a manobra.

Em seguida, Salgado devolveu a acusação na mesma moeda. Segundo ele, Pedrinho é quem jogou fora a oportunidade. Ele afirmou:

“Quem jogou fora a oportunidade de recomprar as ações (…) foi ele próprio ao decidir romper unilateralmente o contrato três meses antes da data de vencimento do aporte.”

Para Salgado, bastava esperar o calote que viria em setembro de 2024 para agir, sem precisar da briga judicial.

Veja a declaração completa do ex-presidente Jorge Salgado:

“Com relação à entrevista coletiva concedida pelo presidente Pedrinho ontem, 24/7, entendo serem necessários os seguintes comentários a fazer:

1.Não é verdade que eu, enquanto presidente, teria tido a oportunidade de exercer a compra das ações não integralizadas da Vasco SAF por 1 mil reais, por um suposto não pagamento de um aporte da 777 Partners, e que teria decidido não o fazer.

2.No período em que presidi o clube, a 777 fez todos os aportes previstos em contrato. Em setembro de 2023, a 777 atrasou o pagamento do aporte previsto para aquele mês, o que ensejou uma notificação formal do CRVG iniciando o procedimento que poderia levar à compra das ações não integralizadas por 1 mil reais. O contrato estabelecia que após a notificação, caso a situação não fosse remediada pela 777 em 30 dias, o CRVG poderia efetivamente exercer a compra por 1 mil reais. Imediatamente após a notificação, a 777 pagou o valor do aporte, com juros de mora, impossibilitando a recompra das ações pelo CRVG naquele momento.

3.É importante ressaltar que o contrato também só permitia que o prazo de 30 dias para a remediação de atraso de pagamento fosse exercido por uma única vez. Isso significa que em qualquer outro inadimplemento da 777 o CRVG poderia exercer de imediato a compra das ações não integralizadas por 1 mil reais.

4.Ao contrario do que disse o atual presidente, na verdade quem jogou fora a oportunidade de recomprar as ações não integralizadas da Vasco SAF por 1 mil reais foi ele próprio ao decidir romper unilateralmente o contrato três meses antes da data de vencimento do aporte de R$ 300 milhões no início de setembro de 2024. Como aquela altura já eram públicas as dificuldades financeiras da 777 Partners, bastava aguardar a data de vencimento do aporte e exercer a compra no dia seguinte, sem correr os riscos reputacionais, econômicos e jurídicos decorrentes litígios e arbitragens imprevisíveis e infindáveis.

5.A narrativa de que “a gente entrou com a ação para justamente para proteger o Vasco de cair numa massa falida como vocês viram aí” também não se sustenta na realidade. No caso de falência da 777 Partners, as únicas ações com risco de arresto por credores seriam os 31% já integralizados e pagos pela 777. Neste caso o CRVG estaria no controle da empresa com 69% do capital social. O contrato, que se tornou público pelo processo judicial, previa também uma cláusula de drag along, que obrigava a 777 Partners, ou seu sucessor, a vender suas ações nas mesmas condições acordadas pelo CRVG com o futuro investidor da Vasco SAF. Um quadro que facilitaria a atração de novos investidores, se fosse esse o desejo da atual diretoria”.

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Jorge Salgado, ex-presidente do Vasco
Jorge Salgado é o presidente do Vasco que fez o acordo com a 777 Partners – Foto: Lance!

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